segunda-feira, 1 de outubro de 2018

não quero escrever o que estou sentindo, não quero mesmo nem saber o que sinto. Mas preciso me resolver. Não quero mais pessoas feridas a minha volta. Tenho tido uma dor no peito, ela começou assim de leve, incomodando só as vezes no  fim do dia, mas ai foi aumentando, e passou a doer mais, e fui deixando ela lá, escondida, tentando não pensar, me ocupando com tudo e mais um pouco para não lembrar. Foi em vão, esse fim de semana ela veio forte, rasngando o peito, com toda severidade possível. Não deu para impedir, a dor que vinha doendo baixinho derramando uma lágrima contida, se derramou e virou um grito, uma raiva desmedida, uma vontade de quebrar o que ou quem viesse a frente.
Mas não é sobre mim que falo
Que falta você me faz. Já tanta que as vezes não sinto mais. O que ficou foram poucas lembranças, de um tempo que foi cruel e que não quero reviver jamais. Porém é só o que tenho.
Fico tentando arrumar justificativas para você ser assim e toda essa ausência. Que assim que aprendemos que a vida é desse jeito. Mas sabe, quanto mais vivo mas descubro que não preciso ser assim como você, e quanto mais aprendo mais quero desaprender tudo e fingir que nunca precisei de nada seu. Não quero seu dinheiro, apesar de já ter pensado que deveria, pra ser sincera nem sei mas talvez isso nos afastaria ainda mais. Não quero mais seu amor também. Não porque eu não saberia onde colocar ele. Você nunca soube o dar. Nem eu receber. Isso nos faz tão parecidos ne. Minha maior decepção foi ter perdido seu amor. Aquele que eu pensava ter, quando ainda era menina e não me permitia ver as coisas como eram de verdade. Eu te via tão grande, assustodoramente alto e forte um herói armado, que me defederia de todo mal. Menos do vazio que ficou quando vc não me olhou mais. Não sei quando e como foi. Se foi numa daquelas brigas, num dos tapas que estalaram e ardiam a face o resto da noite enquanto lágrimas grossas ardiam e desciam. Ou se foi quando tive meu primeiro amor. Mas sei que um dia percebi que nao nos olhavamos mais. Me senti intrusa em seu lar. Que ora tinha sido tambem meu. Fui embora. Esperei uma ligação, uma visita. Não aconteceu. Toda vez que voltei la me senti como um susto, uma visita inesperada como de fato era. Nunca avisei que ia, pq se tivesse que pensar doia, e não ia mais. Um dia em meio a correria se pegava dirigindo e indo naquela direção, quando se dava conta ja estava longe demais para voltar. E depois dessas visitas quantos dias eram de dor a mais forte de todas, a de reviver o passado no presente, e se dar conta que as circuntancias iam mudando mas algumas coisas permanecem

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